A teia relacional que nos une através do tempo e do espaço é tecida por nossos ancestrais em suas relações sistêmicas. Eu chamo de Códigos Relacionais e vejo que se integram com nossas relações com o mundo, e assim tecemos a teia de nossa passagem pela Terra.
Tapetes são tecidos em tramas, que quanto mais complexas, maior a quantidade de camadas, maior a beleza dos detalhes do tecido. Mãos hábeis de tecelãs e tecelões do tempo e do espaço, do passado e do presente, vão preparando a trama detalhada de nossa existência.
Segundo a Sistêmica de Bert Hellinger, são 11 gerações passadas ou seja quase 5 mil pessoas que contribuíram, cada uma à sua maneira, com a grande teia de sua vida.
Mas sabemos que além das relações familiares, compõe nossa teia pessoal também as outras 6 relações : físicas, sexuais, econômicas, emocionais, socioculturais e espirituais.
Temos ainda os relacionamentos que estabelecemos, as práticas rituais e/ou religiosas, enfim, é um número enorme de situações, fatos e conhecimentos que nos compõe. Podemos ser um tapete imenso e pesado ou um tapete “voador” das fábulas orientais ou o tapete das práticas do SPG não é mesmo? (Para saber mais sobre o SPG clique aqui)
William Shakespeare fala que
A teia de nossa vida é composta de fios misturados: de bens e de males. Nossas virtudes se tornariam orgulhosas sem os açoites de nossos defeitos, como os nossos vícios desesperariam, se não fossem alentados pela virtude.
As aranhas tecem sua casa e nós tecemos a nossa ao abrigo das palavras vindas da nossa linhagem de pai e mãe. Vamos para o mundo e temos que interagir e usar o tecido de nossos ancestrais para honrar nossa vida e nossas linhagens.
Este tecido é nosso corpo e nossa alma. Eles são os tecidos feitos no tempo por todas as nossas linhagens e suas interações no mundo.
Nosso longo tapete do destino, continua sendo tecido por nós para nossas linhagens futuras.
O que vamos, então, deixar como legado? Temos a compreensão que muitos de nossos antepassados não tinham. Mesmo sem compreender eles fizeram tudo que puderam para que nós estivéssemos agora aqui. O que vamos então fazer com a tecitura de nosso destino?
Teias não são necessariamente prisões. A Deusa Téia surge para nos lembrar que as suas teias, em saúde e sexo, trazem a riqueza do fogo, que com sua chama esquenta e traz as honras e o amor!
As tecelãs que se unem em torno de um objetivo amoroso são exemplo de cooperação. Os longos fios que criam essas teias, preparam o tecido das relações, que em si é o caminho para o próprio Eco, eco-nomico.
O caminho amoroso, junto a linhagem, segue objetivando manter a força para os que virão. No caminho tecido no tempo e no espaço, dos que foram e dos que virão.
Como na frase de Shakespeare, temos o equilíbrio como ponto dos nós que vão amarrar cada uma de nossas falas, atitudes, comportamentos, gestos.
Precisamos atar e desatar nós, tramar os fios da vida, ter a sede de viver presente na teia da vida, para conquistarmos o direito de viver plenamente, honrando o futuro e o passado, num presente de equilíbrio e harmonia.
Que a Deusa Téia em nós, nos ensine o tecer sagrado das relações de ouro e honras !
Namastê!
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