Ilustração de William Blake (1808)
Em nossa constelação de 16 de julho de 2020, constelamos “Relacionamentos e Sexualidade”, que são relacionados com o segundo sistema das 7 saúdes, ou 7 centros de energia do corpo ou chackras .
O sistema 2 é o principal sistema do corpo, pois é o gerador de energia. O sistema sexual é, portanto, o centro da vida.
Constelar este sistema é falar sobre o ajuste deste centro energético que pode estar debilitado, com menos ou mais energia, ou seja, desequilibrado. Neste chackra temos as duas polaridades de energia, yin e yang, positiva e negativa.
Mas antes vamos falar sobre os desajustes que ocorrem quando não olhamos, ou não damos a devida atenção a esse sistema.
Os principais desajustes são:
• Bipolaridade
• Depressão
• Alcoolismo
• Adicção
• Irritabilidade
• abstinência de relacionamento ou de sexualidade
• E/ou compulsão sexual.
Este sistema traz em si, o código relacional da nossa concepção, a união sagrada de pai e mãe. Em nome do pai e da mãe, somos filhos.
E como filhos que somos, já geramos energia própria. Porém quando tomamos a vida dos pais, precisamos ajustar esta energia sozinhos.
Na primeira infância, passamos por vários ajustes da compreensão e utilização da energia sexual e de relacionamentos. Por outro lado, quando chegamos à nossa maturidade sexual, e portanto, temos sexualidade própria e constante, já não devemos coabitar a mesma casa que nossos pais, pois já podemos e devemos seguir nosso próprio caminho.
Em muitos casos, quando há energia extra ou seja, em excesso, muitas vezes busca-se mais e mais, gerando stress e compulsão.
Por outro lado, se há falta de energia, a tristeza, preguiça, depressão e sentimentos de desvalorização pessoal podem chegar.
Durante a Constelação, pudemos observar que o primeiro ponto identificado foi o trauma de nascimento, com sensações de pressão na cabeça e sufocamento. Sintomas muito comuns e que aparecem frequentemente nas constelações. Seja por fórceps ou cordão enrolado no pescoço , muitos nascimentos são verdadeiras provas de sobrevivência .
Um dado importante é que 88% das pessoas tiveram algum tipo de trauma emocional no parto, traumas esses que deveriam ser ajustados. Essa é uma dor que tem raiz no nascimento, na vida.
Depois de trabalharmos no campo sistêmico e resolvermos esse primeiro trauma de nascimento, entramos no pedido da constelada que era revisitar o dia “D” .O dia da separação de seus pais, o dia em que o pai saiu de casa.
Chamamos no sistema de dia D, ou mesmo de dia P, o dia da Partida do Pai.
Logo percebemos que o ambiente ficou mais claro quando o pai foi embora, e ainda mais quando a mãe disse que tinha algo a esclarecer com as filhas. Percebemos uma significativa melhora. Todos ficaram livres e puderam seguir seu destino.
As separações são convenientes. Elas vem acontecendo nível por nível, até finalizar nos 7 niveis ou 7 sistemas.
Nesse momento as falas que atuavam no campo sistêmico, por parte da constelada eram:
• Me identifiquei com meu pai, decidi cuidar de minha mãe, porque o meu pai foi embora e então eu prometi pra mim que não queria casar e nem ter filhos, sofrer daquele jeito que vi minha mãe sofrer.
• Devido ao meu envolvimento com meu sistema original, eu não tinha o direito de fazer isso. Só então, na constelação, o pai me deu o direito de casamento alquímico pleno.
• Depois apareceu um trauma pendente com a minha avó que foi minha cocriadora de minha infância: ela como boa avó, me deu colo e até agora ainda me via pequenina. E eu com este colo macio fiquei sem o poder de seguir, protegida e com reservas e medos da responsabilidade de andar sozinha e arriscar.
• Mas durante a constelação ela me chamou e me liberou, dando a mim todo o direito de escolher meus caminhos e transmitiu através de minha mãe a sua força, que veio e chegou até mim, aquecendo e curando todo o meu ser.
Percebemos através das constelações que os ajustes sistêmicos dos códigos relacionais do constelado, passam, não raramente por um ou mais sistemas. Nesta constelação também notamos claramente que a responsabilidade pela união ou desunião da família e dos pais. 50% de cada um, na exata medida.
E o que podemos fazer é apenas dar espaço ao que fica visível. A grande cura é o olhar claro para o sistema familiar, sem ilusões ou véus. Olhar claramente para os pais e a família, liberta o filho completamente. Toda esta dinâmica traz em si um novo código. Um código de amor e paz . Um código favorável a vida.
Em nome do pai e da mãe, sois filho. Amém!