Relacionamento abusivo: será que você sabe identificar suas principais características?

Relacionamento abusivo é mais do que comum. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é preciso que haja violência física para que uma relação se torne tóxica. A agressão é apenas um dos sintomas de um relacionamento nada saudável.

Exatamente por isso é que é muito importante saber reconhecer os principais sinais de que alguma coisa está errado na relação. Assim, é mais fácil encontrar maneiras de lidar com o comportamento inadequado de uma das partes.

Diferença entre ser passiva ou até submissa e ser abusada pelo homem

Mas veja bem, ser submissa não quer dizer se deixar ser abusada pelo homem. Dentro de um relacionamento, podemos enxergar a passividade como uma maneira de respeitar as decisões do outro que pode ser o homem ou a mulher.

Afinal, se os dois formam um casal, as decisões são tomadas em conjunto, pelo bem da relação. E, uma hora ou outra, alguém terá de ceder. Às vezes será o homem, outras vezes será a mulher. E não tem nada de errado nisso.

Neste caso, a concordância deve ser vista como aceitação da opinião do parceiro porque, naquele momento, é o melhor para a relação, mesmo que a opinião da outra parte seja contrária.

Não quer dizer, de jeito nenhum, que o que você pensa não tem importância ou que você não tem valor algum dentro da relação. É preciso saber a hora de aceitar que o outro pensa diferente. Afinal, todos pensam, não é verdade?

 

Principais características do relacionamento abusivo

O relacionamento abusivo existe quando temos uma parte abusadora e outra que se submete ao controle do parceiro ou parceira. Ou seja, quem comete os abusos exerce um poder sobre o outro.

Este problema pode acontecer em relações heterossexuais e homossexuais em que ambas as partes podem agir de forma abusiva. Mesmo assim, o homem ainda é o mais propenso a ter tal comportamento.

As características que ajudam a identificar um relacionamento abusivo são muitas, mas algumas são mais recorrentes. São elas:

Brigas constantes: neste caso a culpa sempre é da outra pessoa e nunca do abusador e ele faz questão de reforçar isso em todos os momentos.

Ciúme em excesso: a pessoa sente ciúme da roupa que o outro usa, dos amigos, do trabalho, dos familiares, de tudo. O ciúme é uma constante.

Controle extremo: quem comete o abuso tem o hábito de controlar todos os passos da pessoa. O que pode ser confundido como cuidado é, na verdade, um abuso.

Picos de explosão: a pessoa tem atitudes extremas, comportamentos explosivos diante de situações corriqueiras e, pouco tempo depois, mantém o comportamento natural de antes.

Drogas sempre são usadas como desculpa: é comum que a parte que subjuga a outra ponha no álcool e outras drogas a razão pelas brigas e humilhações às quais submete o parceiro.

Fim das amizades: seja pelo ciúme em excesso ou por achar que nenhuma amizade presta, o abusador sempre dá um jeito de afastar a parceira de amigos e familiares.

Humilhações diante de outras pessoas: a intenção do abusador, neste caso, é deixar a pessoa insegura, limitada e se mostrar como o único a quem ela pode recorrer.

Promessas e chantagens: além de chantagear a outra pessoa para garantir a aceitação dela, o abusador também faz inúmeras promessas sem fundamento, vazias, apenas para não ser abandonado. Acaba por não cumpri-las.

 

Como lidar com um relacionamento abusivo?

A primeira coisa a fazer é identificar as características listadas acima e procurar ajuda psicológica se houver ainda o interesse de salvar a relação. Do contrário, ou se o abusador não quiser ajuda, a separação é a alternativa.

Ninguém deve aceitar um relacionamento que machuca, que traz mais tristeza do que alegria e que afaste amigos e familiares. Por isso, é essencial que não se naturalize comportamentos e pensamentos abusivos.

São comuns frases como “toda relação é assim”, “tenho que pensar na minha família”. No entanto, pensar desta forma só contribui cada vez mais para aumentar o abuso e a subjugação.

Pelo mesmo motivo é que não se deve acreditar em promessas vazias de mudança, sem que tenha havido uma transformação verdadeira através de tratamento e ajuda psicológica. Analise a sua relação e não tenha vergonha de procurar ajuda, você não é a única e com certeza estará forte em grupo!

 

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