Yin e yang: quando os opostos se atraem e se complementam

 

Os opostos se atraem? Claro. Homens e mulheres se atraem desde sempre. Mas, mais do que opostos eu diria que nós somos complementares. E complementaridade é a palavra da vez. Mais do que alguém para suprir uma parte que falta, precisamos de alguém para nos equilibrar.

Yin e yang e suas características

Ser yang é se preocupar com questões mentais, focar no trabalho como parte fundamental para a felicidade e voltar-se para as questões financeiras. É ser mais racional, pensando em caminhos coerentes e sempre em busca de uma lógica para tudo.

Quem é yang também é muito visual. Precisa ver para crer, sabe aquela história? Observa e trabalha dados físicos e concretos. Por outro lado, não investe muito em intuição, mas sim em raciocínio.

Já o yin é bastante emotivo, trabalha muito com o ouvido e coloca os aspectos emotivos em primeiro lugar. Tem o sexto sentido aguçado e uma ótima percepção das situações de forma ampla.

E é exatamente por ter a intuição bastante aguçada que ele confere às coisas mais emoção, cuidado e poesia. O foco e a ordem não são suas prioridades, enquanto a emoção e a sensibilidade funcionam a todo vapor.

Como podemos perceber, as características são bem diferentes e é por isso mesmo que elas se completam. Um relacionamento saudável e ideal é aquele que leva à complementaridade. Assim, uma pessoa mais yin e uma mais yang dão certo.

Homem yang e mulher yin?

De uma forma geral, a mídia vende o homem como yang e a mulher como yin, mas existem seres bastante diferentes disso. Há muitas mulheres yang, inclusive. Mulheres com esta característica eu chamo de “mulheres cabeça”. Um verdadeiro fenômeno.

São mulheres trabalhadoras e donas de si. Sabe aquelas que geralmente dizem “acho que eu assusto os homens”? Estas são puro yang e acreditam que os homens não querem mulheres que sejam independentes financeiramente. Isso não é verdade. Eles adoram e até preferem quando a mulher tem o seu próprio sustento.A questão aí é outra, o fato é que  a feminilidade  não apareceu para aquela mulher na hora que deveria.

O que vale mesmo é o equilíbrio! Tudo bem ser yang no trabalho, pensar de forma mais direta, prática, focada nos negócios e no sucesso financeiro. Agora, se você quer um homem yang, com estas mesmas características, precisa trabalhar o seu lado yin.

Precisa ativar o modo princesa, tem que virar Cinderela. O que acontece é que muitas mulheres não conseguem acessar mais esse lado yin ou se sentem fracassadas quando tentam fazê-lo. Elas deixam de ativar o coração, o sentimento, a intuição, a emoção. E permanecem sozinhas.

Complementaridade é a palavra da vez

Mulheres yang se dão muito bem com homens yin, aqueles mais sensíveis. São exemplos os escritores, músicos, poetas ou até mesmo médicos que tenham uma boa sensibilidade. Entende como funciona a complementaridade?

Uma mulher 70% yang deve ter um homem 70% yin. No entanto, muitas mulheres pensam que precisam de um cara mais yang do que elas para que só assim possam revelar o seu lado yin-feminino. Isso não dá certo.

Ela pode até insistir na ideia de se envolver com alguém tão ou mais yang do que ela, mas dificilmente a relação vai pra frente. Pelo menos, o relacionamento servirá para que ela se conheça mais e identifique de vez as suas particularidades, as suas ingrediências.

O lado yang, forte e decidido, precisa ser aplacado pelo lado yin, doce e calmo. Possuir determinadas características e ser feliz com elas não quer dizer que você precise de alguém que sinta e pense igual a você. O contrário também é saudável. De fato, importante mesmo é você perceber em quais características você é mais ou menos yin ou yang. O auto conhecimento traz estrutura para o relacionamento a dois.

Se você é mais decidida, prática, tem mais estabilidade financeira fruto de uma extrema dedicação ao trabalho, é normal que se interesse e se dê muito bem com alguém mais leve, mais tranquilo, carinhoso e que lhe diga coisas lindas inesperadamente, mesmo que esse alguém não seja assim tão focado no trabalho que exerce.

A sua dureza precisa de leveza. E vice versa. É assim que os relacionamentos dão certo. Complementaridade é a chave do sucesso de qualquer relacionamento, não importa a característica individual do casal.

Não sabote a sua relação

Sabe aquele diabinho de plantão que temos visto ultimamente em muitos memes nas redes sociais? Ele também pode fazer estragos na sua relação. É ele que fica dizendo no seu ouvido que fulano não é pra você, que algo é bom demais pra ser verdade, que tal relação não vai dar certo e por aí vai.

Tudo isso nada mais é do que o medo agindo e tentando destruir tudo de bom que está acontecendo com você. Principalmente quando você traz dentro de si pensamentos arraigados, opiniões pré-estabelecidas e hábitos engessados.

Se a sua relação está indo super bem, você está feliz e se sente realizada, não importa se a pessoa não é aquela que um dia você idealizou.  Deixe as neuroses e os medos para trás, pois eles podem minar as coisas boas que você está construindo.

Você só precisa estar bem. Afaste as ideias e os pensamentos negativos e cultive apenas o que for positivo. Repita para si mesma: “sim, é verdade, tudo o que eu sempre quis está acontecendo e eu sou merecedora disso”.

 

O caso de Luisa

Luisa veio à minha agência em busca de um relacionamento para lhe ajudar a esquecer um pouco do duro e cansativo trabalho que ela exercia. Era advogada. Já tinha se apaixonado algumas vezes no passado, mas as relações não deram certo.

Ou ela não tinha tempo para se dedicar ao outro ou não conseguia ver firmeza na profissão que ele escolhera e que nada tinha a ver com o ramo em que ela trabalhava. Luisa passou mais de 10 anos sem relacionamentos sérios.

Quando veio falar comigo, insistiu em encontrar alguém que fosse tão bem sucedido quanto ela, alguém com forte poder yang, assim como ela. Insisti que o ideal era que ela se abrisse para o yin para manter o equilíbrio. Ela recusou.

Encontrou, então, Gustavo, um empresário muito bem sucedido e independente. Um total yang. Nem preciso dizer que a conversa girou em torno de negócios.

Além do mais, ele era prático, tomava todas as decisões e dominava a situação, o lugar. Tudo o que Luisa não queria. O encontro foi um fiasco. Luisa queria alguém que se preocupasse com as vontades dela, que a fizesse rir e se sentir bem consigo mesma.

Algum tempo depois, Luisa conheceu um operador de turismo sensível, carinhoso e que adorava colecionar caixas de fósforos. Não era decidido como ela e nem era tão estável, financeiramente falando. Mas, isso pouco importava.

O lado firme, prático e decidido de Luisa casou muito bem com o jeito leve e descontraído do seu amado. Eles casaram e foram muito felizes. Ou seja, os lados yang e yin finalmente se complementaram.

E este é o segredo das relações de sucesso: o equilíbrio das emoções e não a competição entre elas. Não lute contra o amor. Pelo contrário, vá ao seu encontro.

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